sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eric Clapton em Porto Alegre

Em 2001, meu irmão e eu havíamos assistido ao show de Eric Clapton, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Meu irmão viu lá do fundo e eu na primeira fileira. Nem sequer fomos juntos. Eu estava lá desde às 13h30, sob um sol de 34 graus e ele foi de arquibancada, perto da hora de começar. Foi um show memorável. Com tudo aquilo que esperávamos: empolgação, muita gente cantando junto, clássicos em suas versões mais clássicas sendo tocadas umas atrás das outras e, claro, luzes aos montes.

Ontem, Clapton retornou à Porto Alegre. As expectativas, desde a notícia de sua vinda, não pareciam serem as mesmas de dez anos atrás. Inclusive a minha, que comprei o ingresso na hora. Fomos novamente meu irmão e eu, mas dessa vez fomos juntos e unidos.

O que vimos foi um Eric Clapton no seu jeito sério e preciso em tudo que faz no palco. Um palco que não nada mais era que um mero palco. Ele estava ali para se apresentar, aos moldes das apresentações musicais de sua época, quando não havia qualquer possibilidade de tornar um espetáculo ainda mais fabuloso do que apenas tocar. Admiro alguns artistas, ao exemplo de Paul McCartney que, sem pensar duas vezes, encheu seu trabalho ao vivo de luzes e painéis, tudo isso, com direito a pirotecnia.

Vejo que as pessoas mais saudosistas são incapazes de criticar, no sentido de fazer uma interpretação, ao passo que acabam elogiando tudo e mais um pouco. Ficam cegos às mensagens que vão além da apresentação musical, além do que está explícito e, sobretudo, para além das capacidades artísticas de uma pessoa. Esquecem que ali está um homem. Ontem vi Eric Clapton cabisbaixo, depressivo, sem perspectiva de voltar a ser o "cara" que estamos acostumados a assistir através de nossos computadores, e que ouvimos desde muito cedo em nossos aparelhos de som. Ainda que a estrutura, em termos gerais, tenha ficado devendo, e muito, sendo uma das maiores reclamações o volume e qualidade do som, o músico foi quem criou o clima estranho que ali pairava.

Não acredito numa atitude prepotente, antipática e displicente, como ouvi algumas pessoas interpretarem a total falta de tato do músico para com o público, que não recebeu nem um “bye”. Acho que, realmente, uma mensagem era passada para nós, algo que transcendia a sua música: Eric Clapton não está numa boa fase emocional. Algo que não é novo na música, Brian Wilson que o diga.

Mesmo que não seja meu artista preferido, Clapton ainda figura entre eles. Preservo todo o meu respeito a esse mestre -- deus para alguns -- e fico feliz de colocar meu ingresso junto aos meus vinis dele, que ainda estão na primeira fileira dos meus discos.

Festejamos todos a vinda desse ícone do rock, da guitarra, que carrega uma linda história de vida de decadência e superação. Mas, infelizmente, não acredito que volte mais à nossa cidade e, infelizmente, não acredito que sua turnê vá até o final, caso ele não faça algo.

P.S.: definitivamente, a noite de ontem não foi o que a Zero Hora descreveu. Quem presenciou sabe.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Steve Wonder pode se apresentar no Rock in Rio

A organização do evento decidiu promover mais um dia de festival. Tal atitude de deu em razão dos ingressos das demais datas - 23, 24, 25, 30 e 1, 2 de outubro - haverem se esgotado muito cedo. Para este dia extra, surgiram boatos sobre a participação de nada menos que Steve Wonder, que deverá fazer parte do line-up, no dia 29. A assessoria de comunicação do Rock In Rio mandou um nota. "A organização do Rock in Rio informa que ainda não há artistas internacionais e nacionais confirmados para o line-up do dia extra do festival, 29 de setembro, e afirma que está em contato não apenas com Stevie Wonder, como com mais oito atrações, mas não há nomes contratados até o momento", informa.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ringo divulga turnê europeia

Em entrevista coletiva realizada em Londres, nesta quarta, Ringo Starr anunciou sua primeira turnê europeia em mais de 12 anos. A All-Starr Band passará por Moscou, Liverpool, Londres, Paris e Budapeste. As datas estão confirmadas de 1º até 17 de julho, mas o período deve se estender.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Bob Dylan faz aniversário em plena forma

Com meio século de carreira, Dylan completa 70 anos como um dos mais influêntes artistas da história da música. Sua canção Like a Rolling Stone foi eleita pela revista Rolling Stone, como a melhor música da história. Por esta mesma revista, ele foi colocado entre os 10 maiores cantores do mundo pop, além de ser o segundo mais importante artista de rock, perdendo apenas para os Beatles.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mick Jagger está trabalhando em nova banda

O jornal americano The New York Post divulgou que Jagger estaria trabalhando em um projeto com Dave Stewart, do Eurythmics, Damian Marley, o caçulça de Bob Marley, Joss Stone e o produtor indiano A. R. Rahman. Mesmo que uma fonte próxima ao cantor - seu irmão Chris - diga que o projeto está prestes a aparecer por aí, o homem nega. "Eles todos pensaram que seria interessante e divertido entrar juntos no estúdio e tocar um pouco de música. Mas nenhum vídeo foi gravado e não há gravadora em vista", avisa.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Disco dos Kinks terá versão cinematográfica

Um garoto rebelde nos seus tempos de escola. Esse é o tema do disco Schoolboys In Disgrace, de 1975, que deverá virar filme. O músico Jack White já está na jogada e negocia com Ray Davies e o produtor do filme para fazer a trilha sonora. No time também estão o ator Bobcat Goldthwait, Howaed Gertler e Tim Perell, da Warm Films. Informações estão no site Screen Daily.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pete Townshend lançará autobiografia em 2012

"Who He?" é o nome do livro que contará a história de um dos maiores guitarristas de rock que o mundo já conheceu. Townshend começou a trabalhar no livro ainda na década de 90. Foi nesta mesma época que a polícia britânica bateu na sua porta para adverti-lo sobre seus acessos a sites de pedofilia. Ele explicou que estava pesquisando material para a obra. "Eu acredito que tenha sido abusado sexualmente quando tinha entre 5 e 6 anos e meio, quando estava sob os cuidados da minha avó materna, que era doente mental, na época. Eu não consigo me lembrar claramente o que aconteceu, mas meu trabalho criativo tende a evocar sombras desagradáveis - especialmente em Tommy. Algumas das coisas que tenho visto na internet serviram de informação para o meu livro, que eu espero publicar mais ao fim do ano.", desabafa.