segunda-feira, 29 de junho de 2009

JACKSON DESPERTOU O INTERESSE DA MUSICA EM UMA GERAÇÃO


Tínhamos recém nos mudado ainda mais para o sul da cidade. No ano que se seguiu, em 1993, minha irmã completava seus quinze anos. Seu presente, um som, e com tocador de “compact disc”. Das pessoas que eu conhecia, com meus dez anos de idade, pouquíssimas tinham em casa um tocador de Cd.

O presente foi um presente para todos que na casa viviam. Minha irmã, não sei se prevendo qual seria o seu regalo, já tinha no quarto dois Cds, da Janis, que estavam gravados e rodando em fitas. Eu também queria participar dessa. Foi então que comprei meu primeiro disco de música, o Dangerous de Michael Jackson. Gostei tanto que comprei em seguida mais alguns do cara. Nesta época, o Jackson viva o segundo “boom” da carreira, e eu vivia com isso na cabeça. Passando alguns meses e alguns ensaios, lá estava eu, dançando e dublando o astro, na sala da minha casa para minha família. Com o tempo descobri que muitas crianças, hoje adultos, gostariam de ter sido Micheal Jackson, com sua dança e voz.

Os pais passam por cada uma com as fases de seus filhos. Mas para a surpresa deles, essa característica eu trouxe comigo até a idade adulta. O gosto pela música, acredito, foi uma surpresa relativa, já que meus pais sempre gostaram muito de música. Também, aos poucos, fui gostando mais do Michael de Quincy Jones, ali sim, não há dúvidas de que ele mandava.


Por Beto STone

terça-feira, 23 de junho de 2009

BRACINHO DE COBRADOR

É bem comum cobradores de ônibus darem uma força para o motorista quando este quer mudar de faixa na pista. Eles põem o bracinho para fora e ficam abanando para o ar.

O cara hoje fez uma cagada. O ônibus tinha que dobrar à esquerda e, com o seu enorme tamanho, precisava que ninguém passasse ao seu lado direito para, assim, conseguir fazer a curva. E lá foi mais um bracinho estendido para o ar. No entanto, o carro preferiu passar para que depois executasse sua manobra.

Acontece que um outro carro, vindo da própria esquerda, resolveu seguir adiante uma vez que o cobrador, confiante com o seu bracinho, estava seguro que tinha contido o progresso dos carros que vinham a sua esquerda.

Bateram com tudo. O que estava na nossa pista tinha a preferencial e o outro não. Se ralou. E o bracinho, só atrapalhou.


Por Beto STone

terça-feira, 9 de junho de 2009

NOVELA

Notícia: Um avião que caiu na puta que pariu afastou monstros como a gripe suína e a febre amarela.

A imprensa enche o saco com uma pauta e demora para largar. Até agora encontraram 28 corpos, mas ainda faltam duzentos. Sendo assim, essa história ainda vai durar uns bons dias pelo cálculo que faço. Afinal, é papel das autoridades encontrar todo mundo que estava naquele avião, o da imprensa, infelizmente, é fazer com que acreditemos que isso realmente é importante. A gente acaba incorporando esta história nos nossos dias, e nem chegamos a nos perguntar por que sentimos tanto pelos passageiros que estavam a bordo.

Não sei se a imprensa francesa está errada no que se refere a divulgação das buscas feitas naquela região. Afinal de contas, não sabem ainda o que aconteceu para aquela gente acabar daquele jeito. Só vimos e ouvimos um filme hollywoodiano baseado em fatos reais.


Por Beto STone

quarta-feira, 3 de junho de 2009

TE LIGA MAGRÃO

Pego ônibus todo o dia quando vou e volto do trabalho. A gente sabe que transporte coletivo permite o contato com o mais variado tipo de pessoas. No inverno a aproximação é ainda maior. Vidros fechados, pessoas grandes de roupa e afetadas pelo tempo gelado.

Na primeira parada do centro da cidade, as pessoas se amontoam na fila formada ainda dentro do ônibus, para saltar fora. Os mais apressados esperam de pé desde a parada anterior. Estes, por sua vez e pressa, são os primeiros a ganhar a rua.

Desconfortável é, mas não para todos. Ontem, um magrão ficou bem no meio da galera, estrategicamente atrás de uma senhora idosa. Alguns segundos bastaram para que outra senhora advertisse a velhinha e a todos que a sua bolsa estava aberta, ou melhor, sendo aberta. E ela se vira para o cara.

O senhor estava abrindo, não foi?

Claro que era o cara. Mas para a sorte dele não deu tempo para pegar nada. A saída do cara foi o mais incrível. Chamou a outra de louca e pediu para que ela o processasse se tivesse tanta certeza, o que ela, com certeza, tinha. O maluco se virou para a idosa e lhe perguntou se algo lhe faltava. Mas estava tudo em ordem.

Neste mau tempo, quando nos cobrimos com grandes e gossos casacos, enchemos os bolsos de coisas. E eles enfiam a mão.


Por Beto STone

terça-feira, 2 de junho de 2009

"OS" DO NOME

Não existe profissão no mundo que não passe por percalços no caminho. São vários e muito distintos e, varias vezes, inusitados. Claro que com Os Efervescentes não acontece diferente. Desde muito cedo enfrentamos um problema bem interessante.

A história é que nós, acostumados com o nome da banda, percebíamos que algo era repetido todas as vezes que o publicavam em algum cartaz, revista, site, etc. Notamos que as pessoas não sabiam escrever o nosso nome. Foi aí que nos demos conta que se trata de uma palavra que quase nunca escrevemos e pouco falamos. Resultado: O “sc”,que dá meio campo à palavra, nunca aparecia.

Descobrimos também, que as mesmas pessoas e outras que iam aparecendo em nossa história, com o tempo, pioravam a grafia da palavra. Neste ritmo, as coisas foram piorando de tal forma, que os sujeitos começaram a escrever como lhes vinha à mente. E acredite, já nos foi apresentado das mais inimagináveis formas. Algumas absurdas e difíceis mesmo de acreditar, como Os Efervcentes, Os Erfevecentes, Os Efervercentes, e por aí vai. Quando achávamos que tudo estava perdido, foi quando o problema ficou ainda pior. O “Os” aos poucos foi se entregando e sumindo.

Faça você mesmo um teste com seus amigos. Dê-lhes algo para escrever e sugira que grafem a palavra EFERVESCENTE. Pague uma cerveja para quem acertar e brinde. Mas não se esqueça. Essa é a palavra sozinha. Para escrever corretamente, ela deve estar acompanhada do “Os” e possuir “sc”.


Por Beto STone