Pego ônibus todo o dia quando vou e volto do trabalho. A gente sabe que transporte coletivo permite o contato com o mais variado tipo de pessoas. No inverno a aproximação é ainda maior. Vidros fechados, pessoas grandes de roupa e afetadas pelo tempo gelado.
Na primeira parada do centro da cidade, as pessoas se amontoam na fila formada ainda dentro do ônibus, para saltar fora. Os mais apressados esperam de pé desde a parada anterior. Estes, por sua vez e pressa, são os primeiros a ganhar a rua.
Desconfortável é, mas não para todos. Ontem, um magrão ficou bem no meio da galera, estrategicamente atrás de uma senhora idosa. Alguns segundos bastaram para que outra senhora advertisse a velhinha e a todos que a sua bolsa estava aberta, ou melhor, sendo aberta. E ela se vira para o cara.
O senhor estava abrindo, não foi?
Claro que era o cara. Mas para a sorte dele não deu tempo para pegar nada. A saída do cara foi o mais incrível. Chamou a outra de louca e pediu para que ela o processasse se tivesse tanta certeza, o que ela, com certeza, tinha. O maluco se virou para a idosa e lhe perguntou se algo lhe faltava. Mas estava tudo em ordem.
Neste mau tempo, quando nos cobrimos com grandes e gossos casacos, enchemos os bolsos de coisas. E eles enfiam a mão.
Por Beto STone
quarta-feira, 3 de junho de 2009
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3 comentários:
Foda! Isso já aconteceu comigo, a mulher que estava atrás de mim abriu a minha mochila e por sorte não roubou nada, mas foi no verão..
comigo aconteceu bem pior, o cara ficou se esfregando, de tico duro e tudo!!!
com o ônibus lotado, fui me espremendo de um lado, do outro, e ele ia junto, eu dava espaço pra ele ficar do lado, mas atrás tava mais gostoso, eu acho. Ai deu um murro no saco dele, com tudo, fiz que ia pegar minha mochila, trocar a mochila de um lado pra outro, e dei com toda força que tinha.
ele sentiu, mas tava tão atucanado, que continuo, ai dei um grito no ônibus, " vai parar ou vou ter que te socar dentro do ônibus, seu bosta!", ele ficou envergonhado, e me chamou de putinha, se queria privacidade pegasse um taxi, e me encheu de caroço, querendo dar a entender que eu era louca.`´E de matar.
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