quinta-feira, 29 de outubro de 2009

TEM QUE SER NA BOA

Até o quarto mês de vegetarianismo eu ainda achava que um dos meus principais papeis no mundo era alertar as pessoas daquilo que elas não estavam vendo. Agora tudo que eu quero é não tocar nesse assunto, principalmente em mesas de bar.

Basta dizer que não se come carne para uma chuva de piadinhas caírem sobre o cara. Em seguida, as pessoas ficam sérias e fingem interesse pelo tema. No fundo, porém, só querem te mostrar, e para todos a sua volta, que tu está errado. Fazendo uma grande cagada. As demais pessoas do local fazem o mesmo, são cúmplices, querem ver você ser convencido do "erro" e, ao mesmo tempo, alimentar mais a segurança sobre suas condições de carnívoros. Afinal de contas, nunca lhes passou pela cabeça abrir mão de uma boa comida em troca de uma vida alheia.

Mas são pontos de vista. O que mais me irrita são as pessoas que gostam de bater boca, sobre qualquer coisa. Quando saudável é bacana, sabendo a hora de terminar, coisa e tal. Mas têm uns que, nossa senhora, são verdadeiras malas. Claro que, os bêbados geralmente tem o devido desconto. Estes, que aproveitem a ressaca para refletir sobre todos os argumentos que usou, porque alguém na mesa, balcão, seja o que for, pode não estar no mesmo estado. Essa pessoa prestará atenção em tudo e revidará na próxima rodada.

Mas a real é essa, tem que saber a hora de terminar e não passar do limite que existe entre uma discussão amigável e uma apurrinhação de saco. Esses dias conversei com uma recém conhecida sobre a porcentagem que somos obrigados a pagar para os garçons. O detalhe é que ela trabalhava como atendente e defendia a obrigatoriedade dos, geralmente, 10%. Não concordamos em praticamente nada, mas a discussão ficou no saudável. ACHO.

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